Mudança é um dos temas constantes nos eventos e congressos de educação,
sendo freqüente ouvirmos histórias com metáforas que comparam as instituições
de Ensino de antigamente com as de hoje, ressaltando o fato de
estarem praticamente da mesma forma. Entender a resistência e a necessidade de
perceber esse processo é o ponto fundamental para uma percepção mais
ampla do mundo moderno. O professor, peça fundamental
nesse momento, assume assim mais um desafio, tirar o aluno da
passividade, indo de encontro à metodologia enraizada na
sociedade, na qual a repetição e a memorização eram os pontos
centrais.
As
transformações, desde a era agrícola, passando pela era industria até a
era da informação, estão presentes em todos os campos e em todas as áreas. O
profissional de hoje, diferente do profissional do passado, precisa estar
antenado a essas transformações, devendo estar pronto para propor novas
estratégias, bem como definir metas em cima de situações novas.
O conhecimento necessário
para potencializar as suas idéias é internalizado pelo sujeito,
mas são os desafios propostos pelo professor que vão promover a busca de
competências e habilidades próprias para a resolução dos problemas.
E, nesse cenário de tantas
mudanças, qual é a melhor maneira de avaliar? Esse é o nosso maior
desafio. O maior desafio das escolas e dos educadores está
em proporcionar um espaço que priorize a ação nos alunos, mediados por
profissionais que, além de possuírem um olhar voltado para
as mudanças, também utilizem a avaliação como elemento próprio da
aprendizagem. Uma avaliação que estimule a resolução de
problemas, pautada na busca constante de possibilitar ao aluno um espaço
para o pensar.
O modelo do passado que exige a
memorização de acontecimentos, conceitos, datas e fatos, necessariamente não
possibilita ao aluno uma reflexão sobre determinado conhecimento. As
atividades desenvolvidas no ambiente escolar devem ter ligação direta com as
atividades na vida comum, proporcionando uma constante reflexão das mais
possíveis experiências realizadas mostrando como é eficaz deixar que o aluno
faça, descubra e conclua, assim a aprendizagem virá naturalmente.
É imprescindível que o professor
compreenda como o aluno elabora e constrói o conhecimento, respeitando
assim as diferenças e valorizando a cidadania. Contextualizar fatos
possibilita ao aluno a percepção de como utilizar os conteúdos trabalhados nas
disciplinas, de forma prática e necessária, contribuindo para a elaboração de
estruturas que permitirão uma aprendizagem significativa.
A avaliação que se adapta a essas
transformações fundamenta-se no processo de aprendizagem em seus aspectos
sociais, cognitivos e afetivos e na aprendizagem significativa. São os
registros escritos, de forma individual e sistemática, que possibilitarão essa
ação.
Dessa forma, a avaliação
contribui para o desenvolvimento da capacidade do
aluno, convertendo-se numa ferramenta pedagógica, permitindo uma
melhora na qualidade do ensino e ampliando o espaço para que o aluno
construa a própria história. Nós professores somos cúmplices dessa
jornada, parceiros do processo que nos permite também aprender. A
valorização tão necessária que buscamos deve partir da nossa própria
conscientização, do nosso desejo em mostrar que somos professores.
Simone Bérgamo (www.leiaja.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário