A Escola Armando Campos Belo aderiu a greve.

Carta ao Judiciário e às bancadas federal e estadual de MS

A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) vem, por meio desta carta, convidar os representantes do Judiciário e os parlamentares estaduais e federais de MS para unirmos nossas forças em prol da educação pública de qualidade.

Em defesa dessa educação, que transforma nossa sociedade para melhor, é que nós, educadores em Mato Grosso do Sul, vamos paralisar as atividades nas escolas públicas nos dias 14, 15 e 16 de março.

Reivindicamos o cumprimento integral da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional, que garante 1/3 de hora-atividade para preparação das aulas, como já acontece na rede municipal em Água Clara, Aquidauana, Antônio João, Brasilândia, Inocência, Naviraí, Paranaíba, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Três Lagoas, Coronel Sapucaia, Miranda e Camapuã. A lei tem que ser cumprida nas redes municipais e na rede estadual em todo o Estado e no País.

Nossa luta é também a de todos que reconhecem nos profissionais em educação pessoas importantes e decisivas para a formação de nossas crianças e adolescentes, para a formação de cidadãos mais éticos, justos e comprometidos com as causas sociais. Lutamos ainda para que o novo Plano Nacional de Educação seja aprovada e garanta que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país sejam destinados às ações na área da educação.

Contamos com o apoio da população sul-mato-grossense e esperamos poder contar com os senhores e senhoras, agentes públicos comprometidos com o povo brasileiro. Lutamos pela mesma causa – a educação pública de qualidade. Para isso, são necessários investimentos, infraestrutura adequada, salários dignos, valorização dos profissionais em educação. É necessária vontade política.

No dia 14 de março, teremos diversas atividades nos municípios, como panfletagens, passeatas e assembleias. No dia 15, em Campo Grande, haverá passeata e a entrega do Prêmio Prefeito Educador aos prefeitos e prefeitas que cumprem a Lei do Piso e destinam 1/3 da jornada dos educadores para as atividades de planejamento. No dia 16, os profissionais em todo o Estado debaterão questões relacionadas ao Plano Nacional de Educação (PNE).

Para a educação melhorar, vamos parar. 
Essa luta é nossa. Essa luta é de todos.